Rombo de R$ 30 bi no Orçamento. Quem você acha que vai pagar esta conta ?

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Rombo de R$ 30 bi no Orçamento. Quem você acha que vai pagar esta conta ?

Projeto de Lei de 2016, com previsão de déficit, propõe aumento de impostos, corte em programas sociais, fechamento e/ou fusão de Ministérios, menos concursos públicos, enxugamento de cargos de Servidores Públicos Federais com opção pela terceirização de serviços e de pessoal, aumento nos insumos, tudo isso para equilibrar as contas. Ministros pedem ajuda ao Parlamento: Dilma se reúne com líderes da base aliada e conversa por telefone com Renam.

Com déficit no Orçamento de R$ 30,5 bilhões e sem alternativa para bancas os gastos públicos, a Presidente Dilma Rousseff decidiu nesta segunda-feira, 31, buscar no Congresso aval para o Projeto de Lei orçamentário de 2016 que aumenta impostos de celulares e bebidas, entre outros, além de cortar bastos em programas sociais, vitrine de sua gestão, como Ciência sem Fronteiras, que terá R$ 1,4 bilhão a menos no próximo ano, e o Pronatec.

A opção de dividir com Deputados e Senadores os danos políticos do Projeto foi decidida na reunião da coordenação política do Governo logo pela manhã no Palácio do Planalto, quando houve a defesa da mobilização do Legislativo para promover uma espécie de “reforma estrutural emergencial” a fim de tentar encontrar recursos para melhorar as contas públicas, pelo menos em 2016. O crescimento da economia foi reduzido de 0,5% para 0,2% no próximo ano.

O resumo da obra:

Quem vai pagar esta conta somos todos nós !!! Você Servidor Público Federal e o povo em geral !!!

À tarde os Ministros Joaquim Levy (Fazenda), e Nelson Barbosa (Planejamento), apresentaram a proposta, que contém o rombo bilionário inédito, e explicaram a “estratégia”.

Barbosa sugeriu a participação do Congresso na busca da saída para a crise. O Ministro disse que o Governo tem trabalho em “soluções” para o déficit de R$ 30,5 bilhões – indicando medidas para controle dos gastos da Previdência – e citou a importância de envolver o Congresso no processo. “São medidas que precisam ser construídas com diálogo e com o Congresso, passando pelo fórum com as centrais sindicais para discutirmos da Previdência Social, depois faremos o mesmo com o setor da Saúde e já estamos fazendo isso com o Funcionalismo Federal“.

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O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy e Nelson Barbosa (Planejamento), durante a entrega da Proposta Orçamentária 2016 para o Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Levy sugeriu ainda a participação “da sociedade” e disse que, “com diálogo” a “equação Brasil” terá solução. “Essa é a minha convicção. Essa equação, não só as agências (de rating), mas a população toda, vai ajudar a resolver”.

Cunha e Renan. Após a apresentação do Orçamento do próximo ano, Dilma se reuniu separadamente com líderes da base na Câmara e no Senado. Deputados sugeriram que ela vá até o Congresso defender a proposta. A ideia foi refutada pelo Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e pelo Líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Mas, segundo relatos, Dilma se mostrou simpática à proposta. Ela também agendou um encontro nesta terça à tarde no Planalto com o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), seu desafeto político, para tratar o assunto.

O primeiro sinal positivo à mobilização do Governo veio com a declaração do Presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que está se reaproximando do Planalto. “O Orçamento de 2016 com déficit tem de mobilizar a todos – Congresso, Governo e Sociedade – para que se encontre uma saída para o País”. A postura do Presidente do Senado animou o Planalto e Dilma pediu o empenho de todos no Governo para melhorar a relação com o PMDB.

Antes do envio da proposta orçamentária deficitária ao Congresso, Dilma fez questão de falar por telefone com Cunha e Renan, para apresentar a situação crítica das contas públicas e pedir ajuda para que não sejam criadas novas despesas e derrubados vetos presidenciais que elevem gastos como o aumento de 56% para o Judiciário. O Governo quer apoio do Congresso para encontrar saídas para as chamadas “reformas estruturais emergenciais”, que aumentem a arrecadação.

O rombo previsto só não é maior porque o Governo cortou despesas em programas como o financiamento estudantil (Fies), e anunciou a redução no ritmo da nova fase do Minha Casa Minha Vida e nos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento, além de diminuir subsídios ao Plano Safra e aos investimentos de empresas.

Caso tivesse bancado a volta da CPMF, que renderia uma arrecadação de cerca de R$ 70 bilhões, o Governo enviaria uma proposta orçamentária não só sem déficit fiscal, mas com um pequeno superávit. A opção “realista” , pode, no entanto, colocar em risco o selo de “grau de investimento” do Brasil nas agências internacionais de rating. Esse selo garante a investidores internacionais que o País é seguro.

 

Fonte:  Estadão – Tãnia Monteiro / João Villaverde / Isadora Peron e Daniel Carvalho

 

 

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Tópicos : agências internacionais de rating, Aloizio Mercadante, Ciência sem Fronteiras, concursos públicos, CPMF, Crise, déficit, Deputados, Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Fies, Funcionalismo Federal, Governo Federal, impostos, Joaquim Levy (Fazenda), José Guimarães (PT-CE), Legislativo, Líder do Governo na Câmara, Minha Casa Minha Vida, Ministro da Casa Civil, Ministros, Nelson Barbosa (Planejamento), Orçamento, Palácio do Planalto, Parlamento, Plano Safra, Presidente da Câmara, Presidente do Senado, Previdência Social, Programa de Aceleração do Crescimento, programas sociais, Projeto de Lei de 2016, Pronatec, Renam, Renan Calheiros (PMDB-AL), Saúde, Senadores, SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS, terceirização

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